PUTA QUE PARIU, EU FUI À FÓRMULA 1 - Parte 1

Desculpem-me pelo palavrão no título, mas a emoção de estar lá, de perto, vendo tudo aquilo, é indescritível, só quem tem a velocidade correndo nas veias e esteve lá uma vez sabe do que estou falando...

Bom, então vamos ao primeiro dia, treinos livres de sexta-feira: aguardei esse dia ansiosamente, queria estar lá desde cedo, ver o primeiro carro entrando na pista, o que não foi possível, pois a Accenture resolveu me chamar para assinar o contrato de trabalho justo nesse dia, mas tudo bem, não posso reclamar de nada.
Contrato assinado me dirigo à Interlagos, deixo o carro em um posto de gasolina transformado em estacionamento, pago 30 mangos (!!!) e faço uma baita caminhada até o meu setor, a arquibancada mais pobrinha de todas, setor G, mas com uma das melhores visibilidades do circuito, sem contar os amigos da Torcida P7 (tá bom que eu só conhecia um cara, mas isso é detalhe).

Encontro com o meu amigo Andrews que já estava lá, revejo um amigo de infância, o Gustavo, e começo a esperar 5 longos minutos, até ouvir o primeiro ronco de motor...

Pontualmente às 14hs, boxes abertos e lá longe vejo um carro branco e azul se aproximando, motor enchendo, rápidas trocas de marchas e eis que surge Sebastian Vettel com sua BMW Sauber, seguido de uma Williams, uma Red Bull, uma Toro Rosso e por todas as outras equipes que aproveitaram a sexta para ajustar seus carros. E nessa meu coração já estava na velocidade daqueles bólidos e a emoção visível em meu rosto. Nunca vou esquecer a primeira vez que vi um Fórmula 1 correndo na minha frente, um dia realmente emocionante.

Foi a hora mais curta da minha vida, queria mais, aquilo não foi o suficiente. Após os treinos muitos foram embora, mas eu permaneci, fiz amizade com um cara, tomei chuva e apreciei belos Porsches e Maseratis correndo pela pista, curtindo seu momento e se preparando para as preliminares do GP Brasil 2006.

A volta para casa foi um caos, a Marginal Pinheiros estava entupida, um motoboy desgraçado acertou meu carro, mas nada daquilo importava, pois eu havia visto um Fórmula 1, havia visto Michael Schumacher...